24.8.06

Pretty in Pink





Take one
- Então como é que é? - Perguntou o Caruja, enquanto se encostava á parede.
- Pá! Não tenho carro... – Pedro, com o seu ar de pintas, tinha carta, mas não tinha carro. Ás vezes conseguia pedir emprestado o carro do pai ou da namorada oficial, mas nem sempre.
- Ei!!! Vocês não me digam isso... – João encostou-se na parede ao lado de Caruja e olhou para um vizinho que passeava o cão à noite, por entre os carros estacionados ao longo do passeio. Era claramente uma noite de azar. De calor e azar. Estava difícil combinar aquela ida à Costa...
- Pá... Vamos de autocarro. – Disse o Caruja olhando para João.
- Feito!


Take Two
- Aí é assim? Aí vocês são assim? Deixam-me sozinho? Então olhem, aqui há-de sentar-se uma loura que é para vocês verem! – Disse João batendo no banco do autocarro a seu lado.
Pedro e Caruja tinham-se sentado juntos, deixando João sozinho.
Ainda trocaram umas frases, até ao momento em que uma rapariga loura, de calções curtos e t-shirt justa se sentou ao lado de João...
O Destino brincava com eles.
Depois de um momento de olhares cúmplices, não aguentaram mais e desataram todos a rir.
João era um tipo tímido, que nunca metia conversa com ninguém que não conhecesse. Não por achar que nada tinha de interessante para dizer, mas por uma questão de baixa auto-estima e insegurança, porque depois de estar enturmado era o melhor dos conversadores.
E aí novamente o Destino agiu. Nesse dia ele fez o impensável:
- Olha, desculpa, mas tenho de te contar porque é que nos estamos a rir – disse ele para a rapariga.

Take Three
Ela chamava-se Helena, vivia em Newark, USA, estava cá de férias em casa dos tios (ou seria dos avôs?) para conhecer Portugal e dali a 2 dias ia-se embora para casa.
Falaram o dia inteiro enquanto ganhavam um escaldão, apesar do protector passado por um no outro e dos mergulhos partilhados. O Pedro aparecia de vez em quando, via como estavam as coisas, comia uma sanduíche e empurrava o Caruja para mais uma corrida até ao Meco ou á Fonte da Telha.
No fim do dia, já de regresso a Lisboa, trocaram números de telefone e combinaram encontrar-se no dia seguinte, nas Amoreiras recém inauguradas e o ex-libris da Lisboa “moderna” da era Abecassis.
Despediram-se todos e depois, quando já estava suficientemente longe dela e o silêncio se tornava insuportável, João perguntou a sorrir:
- O que é? O que é que foi?
- Este cabrão engatou-me uma gaja! - Disse Caruja, dando-lhe um carolo.
- Uma americana! Este gajo engata-me uma americana! – Mais um carolo…
- E viste o pernão dela? Espectáculo...
- Qual pernão, pá... Eu ‘tava era a ver as mamas! Bem, pá, depois queremos saber tudo! – Outro carolo.
- Foda-se pá! Parem lá com os carolos! A gaja é gira, sim e depois?
- Gira??? Gira??? A gaja é BOA! Foda-se! A primeira gaja que este tipo engata é um avião.
- Não é primeira... – mentiu João.
- Claro... – Disseram eles com um sorriso enquanto desciam a Almirante Reis aproveitando os últimos momentos de sol

Take Four
Combinar encontros nos anos 80 tinha uma serie de rituais bem definidos.
O facto de não haver telemóveis significava que era necessário apanhar a outra pessoa em casa; o que podia implicar alguns telefonemas a diferentes horas; marcar com ela uma hora e local específico e depois esperar, sem haver qualquer possibilidade de contacto a partir do momento em que um deles saia de casa. Basicamente esperava-se com esperança e desesperava-se!
Com umas calças brancas e uma camisa á Parker Lewis, comprada em Badajoz quando fez 20 anos e era contrabandista, João desesperava na entrada das Amoreiras.
Finalmente Helena chegou, com um top rosa shoking, um blusão de ganga cheio de aplicações, uns corsários brancos justos em cima a acentua-lhe o rabo e um par de ténis verde florescente. Vinha maquilhada e de unhas arranjadas, o que lhe dava um ar mais provocante e um pouco excessivo. Americanas, pois… É como nos filmes!
Andaram por ali um bocado, lancharam, viram os cartazes dos filmes que estavam em exibição. “Pretty in Pink” tinha sido o último filme que ela tinha visto.
Ele aproveitou também para comprar o último número da “L’Echo des Savanes”, uma revista de BD francesa muito à frente, onde Manara publicava as suas histórias antes de saírem em álbum.
- Is it pornographic?
-No, its erotic - e passou-lhe a revista para as mãos. – Eu adoro Paris – disse ela enquanto folheava a revista com ar interessado
- Eu vou a Paris em Setembro...
- Nice! Then we can meet there!
Nessa altura era só conversa de circunstância.

Take Five
Nesse dia deambularam de taxi por Lisboa, jantaram aqui ou ali, sentaram-se em frente á Sé que tem 1000 anos
-Gosh…
Seguiram de mãos dadas até á Cerca Moura, onde, depois de um momento em silêncio lado a lado a observar as luzes no Tejo, ele disse.
- I want to kiss you...
Ela sorriu e aproximou-se. Quando se afastaram, lambendo os lábios ela disse:
- You’re a good kisser…
Ele sorriu e voltou a beija-la., desta vez com dentadinhas nos lábios e línguas a tocarem-se. Tinha acabado de dar o seu primeiro beijo e não se tinha saído nada mal.

Take Six
Terminaram o almoço no restaurante do aeroporto. A bagagem dela já tinha sido despachada e dali a uma hora estaria a voar de volta a Newark. Tinham passado os dois últimos dias juntos, só indo ás respectivas casas para mudar de roupa. Estavam apaixonados como só estão aqueles que sabem que o seu tempo tem um fim.
Tinham prometido encontrarem-se em Paris, em Setembro. Trocaram moradas e número de telefone de onde iam ficar. O primeiro a chegar, deixaria uma mensagem para o outro a marcar um encontro. Ainda por cima em Setembro ela fazia anos e por isso havia a possibilidade de as coisas coincidirem.
-You’ll love Paris... It’s you kind of city. It’s your face!
- Espero que sim…Nunca lá fui, mas acho que vou gostar. Buy I’ll find it empty if you dont go...
- So sweet…
Quando o avião descolou, ele entrou num taxi e foi ao cinema ver o filme. Segurava com força, no seu bolso, o brinco que lhe tinha pedido quando se despediram.

Take Seven
Paris was empty.
Não havia sinal dela. Nenhuma mensagem, no hotel não estava, nada! Empty...
E ela tinha razão. Ele adorou Paris!
Foi um tremendo choque cultural e foi a viagem que mais o marcaria toda a vida.
No dia de anos dela, comprou um frasco de Anais, o perfume favorito dela, uma rosa vermelha, meteu tudo numa embalagem postal juntamente com uma carta e enviou-a para os Estados Unidos.

Take Eigth
A caixa chegou a Newark passados dez dias. O carteiro não esteve para bater duas vezes e deixou a caixa no apartamento do lado, que era da mãe da Helena. Coisa de bairro onde todos se conhecem...
Intrigada a mãe abriu a caixa, viu o perfume, a rosa já seca e leu a carta.
Quando Helena chegou a casa viu a caixa aberta. Antes que tivesse tempo de se recompor, a mãe perguntou-lhe:
- E agora? O que é que achas que o teu marido vai fazer quando vir isto?


Genérico Final
Pretty In Pink - Psicadelic Furs

Caroline laughs and it's raining all day
She loves to be one of the girls
She lives in the place in the side of our lives
Where nothing is ever put straight
She turns herself round and she smiles and she says
'This is it, that's the end of the joke'
And loses herself in her dreaming and sleep
And her lovers walk through in their coats

She's pretty in pink
Isn't she
Pretty in pink
Isn't she

All of her lovers all talk of her notes
And the flowers that they never sent
And wasn't she easy
And isn't she pretty in pink
The one who insists he was first in the line
Is the last to remember her name
He's walking around
In this dress that she wore
She is gone
But the joke's the same

Pretty in pink
Isn't she
Pretty in pink
Isn't she

Caroline talks to you softly sometimes
She says 'I love you' and 'Too much'
She doesn't have anything you want to steal
Well, nothing you can touch
She waves
She buttons your shirt
The traffic is waiting outside
She hands you this coat
She gives you her clothes
These cars collide

Pretty in pink
Isn't she
Pretty in pink
Isn't she

18.8.06

Maiami Vai-se

O Maiami Vai-se era o filme onde eu gostaria de ter vivido quando tinha19 anos e era um puto estúpido (agora sou só estupido...)

Quantas vezes eu fiquei com aquele ar sério de quem está a controlar tudo na discoteca, como se estivesse á espera de uma troca de droga ou um atentado que me levariam a irromper pela multidão que dançava, para salvar a donzela em perigo, passando por cima de 3 ou 4 seguranças.

Quantas vezes sonhei que em vez de voltar para casa sozinho e a pé, (Mas alguma rapariga tem pachorra para um gajo que fica a noite toda com ar de guarda-costas?) voava num pujante carro com 1 loura e 1 ruiva (sempre tive a mania das grandesas!) no banco.

Quantas vezes gostaria de ter salvo a menina, para depois a deixar ir á vida dela, num The End melacolico ao por do sol.

Uma coisa que permanece desde essa altura é que gostaria de viver naquelas casas espectaculares á beira mar e não me importava de ter a conta bancária que eles aparentam ter, o que me faz pensar que se calhar ainda sou um puto estúpido.

(Ora cá está a prova! Estamos mesmo na Silly Season! Depois das reportagens folcloricas na TV acerca do aumento do volume de négocio das sex-shops, até o Citizen Zuko publica uma coisa destas)

13.8.06

The Break-up


As separações fazem parte das relações do mesmo modo que a morte faz parte da vida.

Não da vida de um individuo concreto, como eu ou vocês, mas da Vida, enquanto estado da matéria. A morte é o mecanismo pelo qual a Vida se renova, se recicla.

Do mesmo modo, a separação de duas pessoas que estiveram juntas, é a oportunidade de ambas se renovarem, se reciclarem.

Não quero com isto dizer que todas as relações tenham forçosamente de terminar numa separação (Por acaso até tem, quanto mais não seja quando “a morte os separe”) Quero dizer que a possibilidade da separação deve ser encarada por um casal da mesma forma como deve encarar a morte: Que eventualmente um dia ela chegará, mas não vamos viver em função disso.

Não é por isso vamos deixar de ir á praia hoje.

Uma das coisas que mais stress causa numa relação é o medo. Medo do que é que o outro irá pensar, medo de ficar sozinho, medo de assumir, medo de falar, medo… O medo existe por causa do futuro. É porque tememos o que o outro pode vir a pensar (futuro) do que dissermos, que nos calamos.

Mas o futuro (ainda) não existe. A única coisa que existe é hoje, neste momento, agora. O futuro é uma construção mental. É um artificio para tentarmos controlar a nossa vida e a dos outros, mas isso é uma coisa que nós sabemos que é quase impossível de conseguir, dada a imensa teia de interacções que permanentemente nos estão a afectar. Tentar agarrar-nos rigidamente a um futuro imaginado por nós, só vai causar frustrações e amarguras.

Isto não quer dizer que não se deva fazer planos, simplesmente eles devem ser muito flexiveis e não devemos entrar em stress se não se cumprirem esses planos, porque isso é o mais provável de acontecer.

Chales Chaplin disse um dia uma frase fabulosa que é: “A vida é bela se não tivermos medo”


Fiquem (Hoje!) bem.


Bob Sinclar - World Hold On(Children Of The Sky)
Open up your heart, what do you feel
Open up your heart, what do you feel… is real

The big bang may be a million years away
But I can’t think of a better time to say

World, hold on
Instead of messing with our future, open up inside
World, hold on
Wonder you will have to answer to the children of the sky

World, hold on
Instead of messing with our future
Tell me no more lies
World, hold on
Wonder you will have to answer to the children of the sky

Children of the sky…
Children of the sky…

Look inside, you’ll find a deeper love
The kind that only comes from high above

If you ever meet your inner child, don’t cry
Tell them everything is gonna be alright

World, hold on
Instead of messing with our future, open up inside
World, hold on
Wonder you will have to answer to the children of the sky
World, hold on
Come one, everybody in the universe, come on
World, hold on
Wonder you will have to answer to the children of the sky
Children of the sky… alright

Open up your heart
Tell me, how do you feel
Listen now, tell them everything, right here right now

Alright, everybody, here in the world
You are all the children, alright
Together now, unite, and fight… oooh

Open up you heart, no, peace, love for everyone
Oh, no no no no no, alright, to the four corners of the world

Sing it loud, sing it loud, sing it loud loud loud world hold on on sing it loud, sing it proud everybody, yeah yeah yeah yeah, oooh

Don’t take no for an answer, no no, not today
Right here,spread love, everybody join together now

One [race], one heart, love and unity, everybody sing yeah!
World, hold on
Come one, everybody in the universe, come on
World, hold on
Wonder you will have to answer to the children of the sky
World, hold on
Come one, everybody in the universe, come on
World, hold on
Wonder you will have to answer to the children of the sky

11.8.06

9 to 5



















Uma das coisas porque gosto do meu actual trabalho é que não tem futuro nem passado. Nada fica por fazer para amanhã, e nada transita de um dia para o outro. Os problemas que hoje surgirem têm de ser resolvidos hoje dê por onde der.

Temos procedimentos normais, procedimento de emergência, para quando os primeiros falham, e procedimentos excepcionais que implicam sempre levantar da cadeira e ir falar com alguém que nos pode resolver o problema.

Por causa disto a papelada é mínima, praticamente inexistente, o que é óptimo!

Eu odeio papelada. Odeio ter uma pilha de processos em cima da secretária que todos os dias aumenta ( a pilha, claro!) a menos que processe um numero mínimo de papeis por dia. Odeio... É uma coisa que me tira o gosto da vida. Se me quiserem castigar ponham-me a processar papel!

Gosto também de nunca ter exactamente a certeza do que vou fazer ou o que vai acontecer hoje. Gosto de pensar que tudo pode acontecer, que a qualquer momento a casa vai abaixo e que vamos ter de dar o nosso melhor para a por de pé.

É que a monotonia ( e o melhor exemplo disso é o papel) cansa-me...

7.8.06

A Golpada


Carregar aqui para ouvir a musica http://home.wwdb.org/bigounets/jukebox.html


Take One
Antigamente havia uma coisa chamada “fronteira” (que até tinha Marquês e tudo!) entre os países. Servia, entre outras coisas, para cobrar impostos do que passavam de um lado para o outro e também para dar razão de ser a uma actividade que já não existe: o contrabando.

É dos meus tempos de contrabandista que vou aqui falar.

No verão de 83-84 a grande moda era os “Surfistas” e as meninas “Pano do Pó”. Tanto uns como as outras vestiam-se com cores fortes, no melhor estilo da Benetton. Verdes fortes, muitos laranjas, cabelos louros com wax, bermudas e tops.

Acessórios imprescindíveis eram uns ténis espanhóis de sola branca e cores variadas. É que até então só havia ténis ranhosos todos iguais ou as sapatilhas brancas de ginástica. Os Zaes foram os primeiros que eram todos diferentes e nada iguais. Havia a imitar ganga, pele de leopardo, aos quadradinhos, ás cores, enfim um verdadeiro caleidoscópio. Não eram ténis para correr, mas para usar no dia á dia e na noite a noite, mudando de par conforme a roupa ou o temperamento.

Ora em Portugal as sapatarias não vendiam Zaes...

Take Two
Então o plano era o seguinte:
1 – Apanhar ás seis da manhã em Sta Apolónia o comboio para Badajoz ,com uma mochila vazia.
2 – Em Badajoz comprar os ténis (4 ou 5 pares no máximo para casa um), almoçar e ver roupa gira (nas lojas ou nas espanholas)
3 – Apanhar o comboio das sete da tarde para Lisboa
4 – Quando a Guarda Fiscal nos for revistar, pôr a maior cara de pau e dizer que aqueles ténis eram para o pai, a mãe, os irmãos que não se tinha e para o avô (É um avô muito á frente!)
5 - Chegar a Lisboa e ir dormir. (Sim! A historia de que os ténis eram para a família resultava SEMPRE!)
6 – Ir para a Feira da Ladra vender os ténis que não tinham sido encomendados.
7 – Repetir tudo na semana seguinte.

Considerando que cada par custava pouco menos de um conto reis e os vendia a 4 ou 5 contos, tinha uma margem de lucro na ordem dos 300 a 400%, já contando com o comboio e o almoço. Nice....

Take Three
Foi um bom verão e durou até ao dia em que vi num outdoor do Saldanha um anúncio aos sapatos Zaes...

Nessa altura temi que o meu negócio não tivesse futuro, o que foi confirmado quando vi nas sapatarias os ténis a preços mais baixos do que eu fazia.

Pois...

(Os meus agradecimentos á Marisa pela pesquisa musical)

4.8.06

The Chronicles of Narnia















É chato fazer-se anos em Agosto, quando se é um miúdo, porque os coleguinhas da escola estão todos de férias. Depois, quando li umas coisas sobre astrologia, vi que ser Leão é o melhor que pode acontecer a uma pessoa e percebi que era esse o preço a pagar por se ter um signo tão fabuloso.

Claro que isso não me impedia de ficar chateado de não conseguir ter uma festa de anos decente, com coxas frias de frango assado e pastéis de bacalhau, como eram aquelas a que eu ia.

No tempo em que eu era burro (o que não foi há muito tempo e não sei se me passou de todo) que é como quem diz, na adolescência, ficava mesmo deprimido (quer dizer: mais deprimido!) porque ninguém adivinhava que eu fazia anos neste dia e por isso era a criatura mais desprezada e ignorada à face da Terra.

A partir de certa altura deixei de fazer anos, Já que nunca tinha uma festa decente, das tais com coxas frias de frango assado, também não ligava ao dia. Até que uma vez, um tipo entra pelo refeitório do campo de férias dentro com um bolo de anos aceso e 200 putos começam a cantar-me os parabéns. Fiquei logo viciado em festas de anos! A partir desse dia em que fiz 23 anos, passei a comemorar sempre o meu aniversário, algumas vezes com várias festas, em dias sucessivos (Eu disse que tinha ficado viciado!) Por exemplo no ano passado fiz uma festa com a família alargadíssima, outra com um grupo de amigos e ainda outra que estava para ser na praia, mas foi mudada para casa, o que não impediu o pessoal de vir de calção e biquini e de se sentar nas toalhas.

Mas este ano é diferente. Não tanto por estar triste com os acontecimentos recentes, mas mais por estar sereno.

Já não tenho necessidade de fazer uma festa para mostrar a mim próprio que sou querido.

Sinto-me como Arslan no topo da colina…

( E agora vão ao Parker Lewis para a prendinha)