
Os Etruscos viveram entre os séculos VII e II A.C. no que é ainda hoje uma das mais belas regiões da Europa: A Toscania, na Itália.
Deles, por intermédio dos Romanos que os conquistáram, chegou-nos algumas das coisas que são a base da nossa cultura. Entre elas a palavra “persona” que está na origem da nossa palavra e conceito de pessoa e personalidade, o que não é por acaso.
Estes Etruscos eram gajos giros…
Enquanto que no resto das civilizações do mediterrâneo as mulheres estavam abaixo do mobiliário, em termos sociais, os etruscos tinham uma relação de quase igualdade entre os sexos.
Sabemos que as aristocratas tinham propriedades, tomavam decisões sobre bens e pessoas, sabiam ler, andavam a cavalo e participavam na vida social e política, ao lado do seu marido, o qual (para grande escândalo de Gregos e Romanos) aparentemente seria escolhido e não imposto pela familia. Pasme-se!
A cereja em cima do bolo era que elas também participavam com os maridos nos simpósios (jantaradas em casa de amigos...), actividade central na vida social e política, ferozmente reservada aos homens (e às prostitutas...) entre os Gregos, o que arruinou a sua reputação junto destes e dos Romanos.
Daí estas tampas de sarcófagos (ver imagem acima) que aparecem em quase todos os túmulos etruscos que representam o casal reclinado durante um simpósio.
Em igualdade, cada um com a sua personalidade, continuando no além aquilo que mais gostavam de fazer em vida: Estarem juntos.
Não deixa de ser interessante que sempre que as mulheres sejam (ou possam ser) independentes económica e socialmente, o casal e os sentimentos a ele associados emergem.
Outro dia estávamos a ver um documentário acerca da química (no sentido literal) da atracção e a dada altura diziam várias coisas muito interessantes:
- Que a probabilidade de haver uma atracção (se quiserem chamem-lhe amor...) à primeira vista é mais elevada se ambos estiverem envolvidos em qualquer actividade física na altura em que se vêem pela primeira vez. (O que connosco bate certo!)
- Que o tempo de paixão (ou melhor as descargas químicas associadas a ela) dura de 18 a 24 meses (tempo suficiente para o nascimento de um filho)
- Que a maioria das relações sofre um arrefecimento por altura do 4º ano.
- Que casais que faziam coisas excitantes e fisicamente exigentes para ambos, tinham maiores probabilidades de continuar juntos por mais tempo, do que outros que se limitavam a fazer coisas só agradáveis (ir ao cinema, almoçar todos os sábados em casa da sogra, fazer o passeio dos triste aos domingos...) ou de outros casais que não faziam nada juntos.
Moral da Historia:Peguem no/a vosso/a mais que tudo e façam alguma coisa excitante, atrevida e divertida com ele/ela! Não interessa o quê! Decidam e façam. Não liguem á vossa idade ou se parece bem ou mal.
Subam uma montanha, desçam um rio, façam uma luta de almofadas ou de comida, joguem às escondidas nos bares da moda, passeiem de mota pela costa Alentejana, vão dançar até de madrugada, façam um strip privado, raptem-se por uma noite para um motel, tenham aulas de dança de salão, saltem de pára-quedas, vão de férias à boleia de mochila às costas ou tentem encontrar uma camisa de tamanho M durante os saldos.
Qualquer coisa que ambos achem que constitua um desafio e que seja divertido. Mas façam-no!
E pode ser que continuem juntos para sempre, como aqueles dois...