29.9.06

O Monstro do Pântano


Há uma região pantanosa onde um gajo pode cair na relação com elas. É quando é invocado o temível VSSA (Vamos Ser Só Amigos).

Isto significa que um gajo fez tuuuuudo mal! Tuuudo mal! É que elas são um bichos muito esquisitos e se um homem diz a uma mulher que ela é a pessoa mais incrível do universo, que a acha linda, que está perdidamente apaixonado por ela e que quer ter a honra de passar o resto da vida dele a seu lado, o mais provável é receber um bocejo, seguido dum VSSA (Vamos Ser Só Amigos), enquanto ela desvia o olhar para o sacana que só a quer levar para a cama para depois se ir gabar aos amigos de que deu com os pés em mais uma gaja.

Um tipo nunca pode dizer uma coisa destas antes de ter dado umas quecas com uma gaja, senão corre o perigo de ela lhe atirar com um VSSA, só por piada. Depois, tudo bem! Durante, ainda melhor! Mas antes, não!

Isto significa que um gajo tem de ser um bocado sacana e fazer-se difícil para evitar este pântano, por muito sinceramente apaixonado que ele esteja. E ainda acham estranho que os homens sejam um bocado malucos... Se um gajo é sincero, vai logo para a prateleira!

Está provado que elas preferem os sacanas porque acham sempre que lhes conseguem dar a volta e redimi-los de uma vida de pecado. É obvio que não conseguem (ou não conseguem para sempre...), mas o efeito é o mesmo: o apaixonado fica no pântano, o sacana é levado para a cama.

A solução para quem apanha com um VSSA é fácil: Deixa uma mensagem no telemóvel a dizer que foi para o Tibete (Sim, porque quem invoca um VSSA é moça para depois nos convidar para um jantar com ela e o sacana que a anda a comer – na base da amizade, claro!), não atender chamadas nem aparecer em lado nenhum, comprar uma pulseira de contas budista numa loja dos chineses e só aparecer à moça passados 4 meses com um novo corte de cabelo e um ar cool de quem já viu tudo, lá do alto dos Himalaias.



Nota: Outro monstro do pântano que tem sido invocado por moçoilas mais novas é o TPMG (Tu Para Mim és Gaja). Na minha modesta opinião este não é assim tão perigoso como o VSSA, uma vez que deixa em aberto a possibilidade (implícita?...) de ela gostar de mulheres, nem que seja ás vezes. Mas como todo o monstro do pântano, o TPMG deve ser tratado com respeito e cuidado. No entanto é um bocado menos agressivo que o VSSA, e permite alguma margem de manobra para mudarmos de posição e assim fugirmos dele.

28.9.06

Obrigado!

Já estou melhor e a bombar.

A proposito de bombar...


Pump It
By Black Eyed Peas
CodesAndLyrics.com

27.9.06

O Sexo e a Cidade


Take one
3h da manhã, há algumas semanas atrás.
Regressava a casa, á boleia do disco voador de um amigo. Tínhamos estado toda a noite a falar acerca dum tema de nos apaixona: Mulheres.
De repente, tenho uma revelação:
-Sabes?... Tenho a impressão que toda uma geração de mulheres que agora têm à volta de 30 anos e que são bonitas, interessantes e independentes, vão ficar sozinhas... E é uma pena.
-São muito exigentes...
Continuámos em silêncio pela noite.

Take two
Agora, por estes dias.
Tenho a honra de privar com várias mulheres com muito em comum (apesar de cada uma ser única!) Idade entre os 23 e os 40, bonitas, interessantes, profissionais, urbanas, umas com filhos, outras casadas, todas com uma coisa em comum: Queixam-se dos homens!

Se generalizarmos, estamos a falar de um milhão de mulheres que, na sua generalidade, sente que os homens da mesma faixa etária, não correspondem ás suas expectativas.

Ora isto, visto à luz da sociologia de pacote que é este blog, é um caso muito sério, se pensarmos na quantidade de infelicidade, solidão e tristeza que uma situação destas causa. Um problema desta amplitude, tão generalizado, tem de ter uma causa comum. Simplesmente não pode ter sido obra de uma serie de casos particulares.

O pessoal que hoje tem cerca de 30 anos nasceu durante os anos 70 e cresceu durante os anos 80. Algo aconteceu por essa altura que provocou esta divergência entre os papéis esperados do homem e da mulher. Algo ao nível da educação. Mas o quê concretamente, continuava a iludir-me

Take three
Ainda mais recentemente
Num dia destes, ao falar com uma dessas amigas, ela teve uma ideia brilhante: Inverter a questão! Dizia ela que não são os homens que estão mal. Para dizer a verdade eles até estão a fazer exactamente aquilo para que foram educados. As mulheres é que deram um salto e fugiram do padrão de comportamento no qual foram educadas. Não quiseram ser só as donas de casa e mães extremosas que viviam em função de um casamento, ao qual chegavam virgens e que era o objectivo supremo da mulher, tal como lhes foi dito pelas mães e pelos contos de fadas. Quiseram também ser profissionais competentes com carreiras meteóricas e montes de outras coisas que dai advêm. E bem!

Este modelo de comportamento é divulgado num sem número de publicações femininas e também na série que dá o nome a este post. Semanalmente, durante 6 anos, seguimos a vida atribulada de 4 mulheres à procura de amor e sexo (não necessariamente por esta ordem…) na cidade, não contando com as reposições. Este reforço de um modelo de comportamento e das expectativas que dai advêm, teria de forçosamente produzir os seus frutos.

Mas voltemos aos homens…

Take four
Agorinha mesmo!
Ora o que é que há para os gajos? Que publicações é que há especificamente para o publico masculino e o que é que elas dizem?

Há a Bola e a FHM (e todos os títulos do género, que aqui não dá para mencionar, mas que vocês já perceberam a ideia)

Pois… Futebol ou mamas…

Não preciso de escrever mais nada, pois não?

23.9.06

Mental Note 39

Eu já tinha dito a mim mesmo que nunca mais ia fazer uma coisa destas...

Fazer posts encadeados uns nos outros não está com nada! Passados dois ou 3 dias uma pessoa já não tem vontade, já não acha piada, a vida muda e o blog lá fica parado, á espera de algo que não se sabe bem o quê.

Mental Note: Quem é que agora quer saber que o Brad Pit nem ia olhar para as que o escolheram, enquanto que o Mr. Bean, apesar de trapalhão, até beijava o chão que elas pisam? A quem é que hoje interessa saber que achamos sempre mais interessante uma aventura fugaz que uma vida monótona, mas segura? Tudo isto porque no fundo somos apenas animais com cultura.

PS: Não, não foi engano... Há que quebrar rotinas

18.9.06

Parentisis

Fez o teste.

Pousou a mão na mesa e abriu os dedos. A resposta não se fez tardar. Ela pousou a mão na dele e apertou-a Os olhos dela confirmavam a mão ao dizerem “Gosto de ti...”

Era tão estranho... Como é que alguém podia gostar dele? Não é que ele fosse má pessoa, bem pelo contrário, mas dai até alguém gostar genuinamente dele?... Aqueles olhos não mentiam. Começou mentalmente a enumerar qualidades suas, cada uma delas potencialmente capazes de merecer a admiração e o carinho de uma mulher, mas dai até GOSTAREM dele?... Gostarem?

- Bom, vamos fazê-la feliz... – Pensou. Apertou a mão com estudada suavidade, sorriu de volta e os olhos dela iluminaram-se.

17.9.06

O Teste - Resposta aos comentários do post anterior

Creio ter-vos chocado com o post anterior, coisa que me apraz de sobremaneira.

Deixem-me dizer que a teoria não é minha, mas sim de um ramo da psicologia evolutiva. Não fui em quem inventou o Amante ou o Pagante, mas alguém que percebe mais disto do que eu e chegou a estes dois arquétipos. Deixem-me só acrescentar que, a título de curiosidade, no lado feminino os arquétipos são a Madona (a dona de casa) e a Puta (dispensa explicações...)

Claro que estes arquétipos mexem connosco porque não encaixam nos cânones do amor romântico tal como ele foi inventado no século XIX, nem são politicamente correctos, bem pelo contrário. Era bonito que fossemos como os gansos e que acasalávamos monogamicamente para a vida, mas se assim fosse, eu não estava a escrever isto porque a espécie Humana não tinha chegado até hoje. Com um filho por parto, longos períodos de criação, mortalidade infantil elevada e baixa esperança de vida a única solução para a sobrevivência do grupo era ter simultaneamente o máximo de mulheres no ciclo de reprodução (a acasalar, grávidas ou a cuidar de filhos) usando os genes do melhor homem disponíveis. Não é uma visão muito romântica, mas eles não se podiam dar a esse luxo: Para encontrar o próximo jantar não lhes bastava ir ao McDonalds.

Bem, mas vamos ao teste: Dos dois homem que estão aqui em baixo qual é que vocês (comentadoras assíduas) escolhiam?

Na quinta eu dou a "resposta" ao teste...

12.9.06

A Guerra do Fogo


Estavamos numa tarde destas a beber morangoskas, quando a Inconfidente2 diz que estava a trabalhar num post sobre os 3 tipos de mulheres: As para mostrar, as para casar e as para falar. Como já estava há algum tempo para falar de homens (sempre na optica do serviço publico para as minhas leitoras) aproveitei o mote e cá estão os homens aos olhos das mulheres.



Existem basicamente dois tipos de homens, do ponto de vista das mulheres. Estes tipos foram desenvolvidos ao longo dos milhares de anos do Paleolítico e Neolítico e, apesar de coisas como civilização ou igualdade dos sexos afectarem este modelo, ele continua a funcionar no mais fundo da mente feminina.

5000 anos de civilização e 40 de pílula não são nada para a criação de comportamentos e emoções, comparados com 150.000 anos a viver em pequenos grupos numa gruta.

Ao contrário de um homem, para uma mulher o sexo tem consequências de longo prazo. Cada contacto sexual podia potencialmente representar 9 meses de gravidez e 10 anos de cuidados. Dada estas implicações a escolha do parceiro reveste-se de especial importância para uma mulher. (para um homem quase que basta que ela seja saudável e possa ter filhos, que é como quem diz, que seja bonita e tenha um aspecto jovem)

Idealmente, na melhor das grutas, o parceiro ideal seria o gajo com mais bom aspecto (= Bons genes) e com mais recursos que depois pudesse usar para cuidar dela e dos filhos. O problema é que raramente estes requisitos se encontravam num mesmo homem, e se isso acontecia, rapidamente o homem era ocupado por outra mulher. Os gajos com bom aspecto tendiam a ser um bocado para o “Rebeldes sem causa”, mais preocupados com a caça ou a guerra, do que em constituir famílias. Mas eram excitantes e constituíam um trofeu importante para o prestigio social de uma mulher, em relação ás outras. Os com mais recursos eram mais velhos e sobreviventes de uma vida agitada e perigosa, dai quererem sopas e descanso, óptimos para ficarem na gruta a brincar com os filhos, mas que os tornava numa coisa temível, aos olhos de uma mulher: Chatos e previsíveis!

Assim temos, para as mulheres, dois tipos de homens:



Os Amantes – Aqueles cujos genes são bons para a procriação da espécie, e para apresentar ás amigas como o novo namorado, ao mesmo tempo que fazem o sorriso “Eu tenho um e tu não!”



Os Pagantes – Aqueles que têm recursos para dar a uma mulher e aos filhos dela, sendo que hoje recursos já não são só peles e carne, mas também tempo, humor e companhia, para alem dos tradicionais cartões de crédito e carros.



Muitas mulheres preferem manter uma relação de longa duração (Casamento, por exemplo) com um Pagante que lhes dá a segurança e estabilidade necessária, mas não deixam de suspirar pelos Amantes que passam. Por acaso este até tem sido um tema recorrente da literatura romântica: A jovem esposa que foge com o jardineiro, por exemplo.

Já as relações com os Amantes são coisas muito intensas, eventualmente tempestuosas, gratificantes a nível sexual e emocional, mas normalmente a sua duração é menor.

Hoje em dia, apesar de estes modelos ainda existirem, há algum esbater dos papeis, já que com o aumento de longevidade (hoje vivemos o dobro do que no Paleolítico) e com várias influências culturais permite a um homem assumir os dois papeis em simultâneo ou sucessivamente.

Mas o modelo continua basicamente a funcionar e a determinar as relações Mulher-Homem...

6.9.06

Olivers Twist


- Meia cebola
- Meio tomate
- Uma tira de pimento
- Uma embalagem de 200 gr de salmão fumado
- Um limão
- Duas fatias de pão
- Uma garrafa de Havana Club
- Uma embalagem de Nachos
- Gelo
- Salsa
- Sal
- Azeite
- Vinagre
- Acuçar
- Hortelã
- Umas horas no MSN e um telefonema muito interessante

Enche-se um terço do copo com o Havana, deita-se duas colher de açucar, mexe-se.Enche-se com gelo e hortelã, uns nacos de limão e completa-se com agua. Mexe-se tudo.

Bebe-se um gole e pegamos na faca.

Pica-se a cebola, o tomate, o pimento e a salsa, tudo muito fino. Deita-se numa taça, acrescenta-se sal, azeite e vinagre, mexe-se e está feito. Serve com os nachos que são usados como colheres. Me gusta la Salsa Mexicana!

Mais um gole que está calor!

Num prato dispõe-se o salmão e rega-se com limão e sal. Feito! Acompanha com pão e mais um gole de Mojito! Carpaccio de salmão como deve de ser!

Bolas. O copo já está vazio... NO PROBLEMO DUDE! Mais um bocado de Havana, agua e gelo e está feito!

Siga para bingo!

Durante o jantar dou por mim a ver a "Sinhá Moça". A minha mãe não quis provar nada... Algumas coisas nunca mudam...

Depois, acabado o mojito duplo (ou era triplo...sei lá!) ligo o MSN e fico á espera da minha filha.
Entretanto, vou trocando as letras todas com quem vai aparecendo, o que diverte o pessoal. Passo a beber só agua, senão ainda julgam que sou croata.

Por volta da uma vou deitar-me no divã com um grande sorriso. Obrigado a todos os que estiveram comigo!

Ps: A almofada é muito alta! Tenho pescoço todo torto.

1.9.06

Rumos

Funciona sempre…

A loura esvoaçante do Audi TT olhou para mim, quando passei por ela no Pujante Bogas a som dos “Pump It” dos Black Eyed Peas, ao passar por baixo do Aqueduto.

Regressei a Lisboa.

Significativamente, a primeira coisa a mudar de casa foi informação e contactos sociais, guardados numa pen.

Se a minha vida está a mudar, que não seja só no estado civil, mas também noutras esferas. Que seja um efectivo inicio de um novo ciclo de vida.

Neste momento e pela primeira vez na minha vida, escrevi num papel os meus objectivos a 3 meses para diversas áreas (social, profissional, pessoal, afectiva, económica) e noutra objectivos a um ano, sendo estes consequência e prolongamento dos primeiros. Depois numa outra folha comecei a escrever como atingir esses objectivos. O que é necessário fazer, o que já tenho que me pode ajudar, o que ainda me falta e quem me pode ajudar.

Por isso, quando, noutro dia, me disseram que me achavam perdido, só pude responder que nunca me senti tão encontrado.